O general depôs como testemunha de defesa na ação penal que envolve o delegado Rivaldo Barbosa, acusado de auxiliar no planejamento do crime. Segundo a Procuradoria-Geral da República, os mandantes do crime foram os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Essas declarações vão de encontro à tese da Polícia Federal, que indicava que Lessa só se tornou alvo após Rivaldo não suportar a pressão pela resolução do caso.
Nunes revelou que tinha reuniões periódicas com Rivaldo e o delegado Giniton Lages, responsável pelas investigações. Ele afirmou não ter detalhes das diligências realizadas, prestando apoio somente quando solicitado. O general também mencionou que Rivaldo e Giniton desconfiaram desde o início do depoimento do ex-PM Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, que apontou outros executores e mandantes. Segundo a PF, o depoimento de Ferreirinha foi conduzido para desviar o foco da apuração.
Durante o depoimento, Nunes negou ter sofrido interferência política para nomear Rivaldo. Os irmãos Brazão, apontados como mandantes do crime, criticaram a investigação da PF e se queixaram da condução do caso. Os depoimentos das testemunhas serão retomados no dia 17, e os interrogatórios dos réus estão programados para acontecer entre os dias 21 e 25.
A defesa de Domingos Brazão recorreu da decisão que negou a oitiva das promotoras que conduziram uma investigação paralela à de Giniton. O desfecho desse caso tão emblemático aguarda novos desdobramentos e o desfecho dos interrogatórios dos envolvidos.