Segundo Leonardo Sobral, do Imaflora, a identificação da exploração ilegal de madeira é feita através de imagens de satélite, diferenciando-a do desmatamento tradicional. O estudo apontou que a maioria da extração ilegal ocorreu em imóveis rurais privados, destacando a necessidade de identificar e punir os responsáveis por essa prática nociva ao meio ambiente.
Além disso, o desmatamento ilegal também foi observado em terras indígenas, com destaque para as áreas próximas à rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. O avanço da fronteira predatória foi evidenciado, principalmente no sul do Amazonas e norte de Rondônia, regiões que estão sofrendo maior pressão ambiental.
O aumento da extração ilegal ocorre de forma abrangente, com a diversificação geográfica da atividade criminosa em estados como Mato Grosso, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. A redução na área de exploração autorizada torna ainda mais urgente a necessidade de promover o manejo florestal responsável como forma de combater as ilegalidades na extração de madeira.
Diante desse cenário preocupante, especialistas defendem a ampliação das concessões ambientais e a criação de mecanismos para incentivar a atividade legalizada, visando preservar as florestas e combater danos ambientais. A discussão sobre os desafios do setor madeireiro está em pauta no 8º Fórum de Soluções em Legalidade Florestal, que analisa o futuro das florestas na Amazônia. A adoção do manejo florestal sustentável é apontada como uma das estratégias essenciais para conservar a floresta e evitar o desmatamento e incêndios descontrolados.
O Brasil precisa urgentemente combater a extração ilegal de madeira e promover práticas sustentáveis para garantir a preservação da maior floresta tropical do mundo. Caso contrário, estaremos comprometendo não apenas o meio ambiente, mas também a economia do país e a imagem internacional do Brasil no mercado global. É crucial agir de forma efetiva e consciente para proteger a Amazônia e assegurar um futuro sustentável para a região.
