Este incidente marcou o aniversário do ataque terrorista em Israel, que reforçou a proibição dos judeus em lamentar publicamente suas perdas ou reivindicar o retorno dos reféns, como o pai de Yulie, Ohad. Yulie, assim como outros judeus ao redor do mundo, sente-se desamparada e abandonada, lutando diariamente por um cessar-fogo e pela libertação dos sequestrados.
A falta de empatia e compaixão se tornou evidente durante o conflito, com uma ênfase excessiva em números e uma desumanização dos indivíduos afetados. Enquanto as famílias dos 1.200 mortos em Israel eram cobradas por suas lágrimas, as vítimas palestinas pareciam não receber a mesma atenção. A narrativa distorcida e o questionamento constante sobre a legitimidade das mortes em Israel refletem a crescente desumanização das vítimas.
Do mesmo modo, o negacionismo do Holocausto e a minimização do massacre em Israel evidenciam uma falta de empatia generalizada. O evento do 7 de outubro já está sendo classificado como um episódio distópico que só será reconhecido em sua gravidade no futuro. Historiadores terão que lidar com a manipulação da opinião pública e a seletividade na escolha de quem é considerado vítima.
Em meio a essas questões complexas e controversas, Yulie Ben Ami e outros judeus se veem obrigados a justificar suas identidades e expressar desculpas por simplesmente serem quem são. A luta por compaixão, empatia e justiça continua, enquanto o mundo enfrenta as consequências de sua inação e omissão diante de tragédias como as vividas em Gaza e Israel.