Cola destacou a importância de intensificar as punições para os crimes relacionados à manipulação de resultados esportivos, visando coibir a prática e proteger a integridade das competições esportivas. O delegado ressaltou que as atuais penas de reclusão de 2 a 6 anos e multa não são suficientes para inibir tais condutas nocivas ao esporte.
Durante sua participação na CPI, o delegado também abordou a complexidade das investigações relacionadas à manipulação de jogos, especialmente devido à diversidade de campeonatos de futebol no Brasil. Ele ressaltou que as organizações criminosas que atuam nesse cenário são ágeis e migram rapidamente entre diferentes competições e divisões, dificultando o trabalho de investigação.
Além disso, Cola informou que a Polícia Federal mantém parceria com a empresa SportRadar desde 2021, colaborando no combate à manipulação de jogos e na preservação da integridade no meio esportivo. O delegado também mencionou a atuação da PF em conjunto com a CBF para investigar casos de manipulação de jogos, ressaltando, no entanto, que algumas investigações se limitam a campeonatos estaduais devido às restrições de atuação.
Em relação à regulamentação das apostas esportivas no Brasil, Cola afirmou que a Polícia Federal possui estrutura e capacidade para combater empresas ilegais de bets, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em conformidade com as diretrizes do Banco Central e do Coaf. O delegado destacou a importância de manter a integridade no ambiente das apostas e do desporto, visando evitar práticas ilícitas e proteger os apostadores.
Diante da possibilidade de legalização de cassinos, bingos e do jogo do bicho no Brasil, Cola expressou sua preocupação quanto aos impactos negativos que essa medida poderia acarretar, incluindo o aumento da lavagem de dinheiro e a proliferação de atividades criminosas. O delegado destacou a importância de se manter vigilante e adotar medidas preventivas para preservar a integridade e a transparência no cenário dos jogos de azar.
A atuação da Polícia Federal no combate à manipulação de jogos e à criminalidade no âmbito esportivo vem sendo intensificada, visando proteger a essência e os valores do esporte, garantindo um ambiente íntegro e seguro para atletas e apostadores. As propostas apresentadas pelo delegado Cola na CPI sinalizam a importância de fortalecer a legislação e as ações de combate a essas práticas nocivas, visando preservar a essência e a credibilidade do esporte nacional.