Decisão judicial liberta 74 policiais condenados pelo massacre do Carandiru, provocando indignação e impunidade após 32 anos do ocorrido.

Na data de hoje, 2 de outubro, quando se comemora 32 anos do brutal massacre do Carandiru, uma decisão chocante foi tomada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Nada menos que 74 agentes policiais condenados pela execução de 111 presos na antiga penitenciária foram libertados, tendo suas penas extintas.

Essa triste coincidência evidencia a impunidade que reina no Brasil quando se trata de violência policial. Os responsáveis por essa carnificina, que aconteceu na vila de penas do pavilhão 9 do Carandiru, agora caminham livremente pelas ruas, zombando da lei e da democracia. É inaceitável que aqueles que causaram tamanha tragédia não sejam responsabilizados pelos seus atos.

Para que um massacre como o do Carandiru aconteça, são necessárias armas de fogo e agentes dispostos a utilizá-las. Porém, para que a impunidade prevaleça, é preciso a ação de juízes, políticos e autoridades que se afastam de sua responsabilidade de fazer justiça. A falta de punição não traz apenas o descaso com as vítimas e suas famílias, mas também perpetua a cultura de violência policial que assola o país.

A omissão do Judiciário, a concessão de indultos pelo presidente Jair Bolsonaro e a inércia do STF e do governo federal contribuem para que casos como o massacre do Carandiru não só fiquem impunes, mas também sejam esquecidos pela sociedade. As famílias das vítimas continuam sem receber qualquer tipo de reparação do Estado, enquanto os responsáveis pelo crime seguem livres, sem prestar contas à justiça.

É fundamental que a sociedade brasileira reflita sobre a gravidade dessa decisão e exija medidas para responsabilizar os envolvidos no massacre do Carandiru. A impunidade não pode prevalecer, e é dever do Estado garantir que os direitos das vítimas sejam respeitados. Sem justiça, não há paz.

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