Renovação dos Legislativos no ABC: eleitores barram políticos históricos e apostam em caras novas para as próximas legislaturas

Na última eleição municipal no ABC, os eleitores mostraram um certo grau de conservadorismo ao reeleger apenas 56 novos vereadores, de um total de 150 cadeiras em disputa na região. Esse número representa cerca de 37,3% do total, considerando que muitos dos eleitos que não têm mandato já ocuparam cargos legislativos anteriormente. No entanto, também houve uma quebra de paradigma ao barrar a continuidade de alguns nomes que estavam há anos nos Legislativos municipais.

Em Mauá, por exemplo, Admir Jacomussi, que acumula 10 mandatos, e em São Bernardo, Hirouki Minami, ambos vistos como figuras conhecidas e de longa data na política local, foram impedidos de continuar seus mandatos. Além disso, outros nomes, como Zé Ferreira, Manuel Lopes e Cida Ferreira, que também eram figuras carimbadas da região, não conseguiram retornar à Câmara Municipal.

Um dos destaques da renovação foi a Câmara de Santo André, que a partir de 2025 terá 27 vereadores, atualmente conta com 21. A votação do último domingo barrou a reeleição de nomes como Márcio Colombo, Dr. Pedro Awada, Ricardo Zoio e Dr. Marcos Pinchiari. Além disso, José de Araújo, Montorinho e Pinheirinho, com suas histórias e peculiaridades, também foram rejeitados pelos eleitores.

Em São Bernardo, Câmara com o maior número de vereadores no ABC, a renovação será significativa, com oito parlamentares novos entre os 28 da Casa. O destaque é Hiroyuki Minami, detentor de sete mandatos consecutivos, que, apesar de passar a maior parte do tempo licenciado, é uma figura conhecida na política local. Além dele, outros nomes como Eliezer Mendes, Glauco Braido, Palhinha e Tião Mateus não estarão na próxima legislatura.

Por sua vez, em São Caetano, a renovação foi discreta, com apenas três vereadores substituídos entre os 23 da Câmara. Em Diadema, a situação se repetiu, com a saída de seis parlamentares. Em Mauá, a segunda cidade com maior renovação no ABC, sete nomes não foram reeleitos, incluindo o veterano Admir Jacomussi. Em Ribeirão Pires, apenas três vereadores não retornarão para a próxima legislatura.

Por fim, em Rio Grande da Serra, dos 13 vereadores atuais, cinco não foram reeleitos, o que representa a maior renovação proporcional da região. Esse cenário revela uma tendência de renovação e mudança nos Legislativos municipais do ABC, com os eleitores demonstrando disposição para novos nomes e propostas nas próximas gestões.

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