Repórter São Paulo – SP – Brasil

Margens do Brasil: a invisibilidade e a urgência das Amazônias frente à crise climática e à falta de reconhecimento.

No Brasil, a região da Amazônia e seus habitantes muitas vezes são vistos como margens, distantes e desconhecidos para a maior parte da população. Mesmo sendo essencial para o clima mundial, absorvendo carbono e produzindo chuvas, as Amazônias enfrentam desafios e crises que nem sempre recebem a devida atenção e solidariedade.

Enquanto cidades como São Paulo e Rio de Janeiro sofrem com a poluição do ar, as cidades amazônicas como Manaus, Rio Branco e Boa Vista também enfrentam problemas sérios de qualidade do ar, incêndios e seca. O impacto da crise climática é sentido de forma intensa nessa região, afetando comunidades inteiras e gerando isolamento.

A diversidade da região amazônica é notável, com diferentes povos, cidades, ecossistemas e histórias geológicas interligadas por um grande rio. Essa diversidade reflete-se nos efeitos climáticos e nas necessidades específicas de cada território. Para preservar a Amazônia e seus habitantes, é crucial demarcar territórios para povos originários, quilombolas e comunidades tradicionais, buscando escutar suas vozes e soluções para a preservação do bioma.

É fundamental reconhecer o papel dos povos indígenas na manutenção da biodiversidade e na mitigação das mudanças climáticas. São essas comunidades que têm mantido a floresta por milênios e que possuem conhecimentos essenciais para enfrentar os desafios atuais. As soluções para a crise climática estão nas margens, nas vozes das Amazônias, que precisam ser ouvidas e valorizadas.

Portanto, é necessário enxergar as Amazônias não como margens distantes, mas como parte integrante do Brasil, com suas particularidades e contribuições únicas para o equilíbrio ambiental e social. A preservação desse bioma e o respeito às comunidades que nele habitam são essenciais para garantir um futuro sustentável para todos.

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