Um estudo realizado pelo Laboratório de Análise da Violência da Uerj revelou que programas de prevenção isolados não apresentam resultados satisfatórios a curto prazo. A “Revisão Sistemática das Avaliações de Impacto dos Programas de Redução de Homicídios em América Latina e o Caribe” analisou 65 avaliações de iniciativas diversas para identificar o que funciona e o que não funciona.
Entre as medidas que se mostraram eficazes, está a política de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, que resultou na redução dos índices de homicídio na região. Por outro lado, a utilização das forças militares para atividades policiais em locais como Cali, na Colômbia, e a militarização do combate ao tráfico no México durante o governo de Felipe Calderón foram consideradas contraproducentes.
O estudo evidenciou a falta de avaliações de longo prazo sobre políticas de redução de homicídios na região, destacando a carência de programas eficazes para enfrentar a violência. No Brasil, o governo de Dilma Rousseff foi o mais próximo de implementar um plano de redução de homicídios, apesar de não ter concluído a tarefa.
A combinação de estratégias de prevenção social com intervenções policiais em áreas com alta incidência de homicídios é apontada como uma abordagem promissora para reduzir a violência. Programas como Fica Vivo!, em Minas Gerais, Pacto pela Vida, em Pernambuco, e Estado Presente, no Espírito Santo, têm apresentado resultados positivos na prevenção de homicídios.
Em resumo, o estudo ressalta a necessidade de políticas eficazes e integradas para enfrentar a violência e reduzir o número de homicídios no Brasil e em toda a América Latina. A priorização do tema da segurança pública e o investimento em medidas comprovadamente eficazes são essenciais para a promoção da paz e da segurança na região.