Estudo aponta desafios do Brasil na redução de homicídios e destaca iniciativas promissoras na América Latina e Caribe.

Segundo dados recentes da ONU, o Brasil está entre os países com 10% dos homicídios no mundo e ainda enfrenta desafios para reduzir os índices de assassinatos. Diversas pesquisas indicam que medidas como a restrição do porte de armas de fogo têm efeitos positivos na redução dos homicídios, ao contrário da entrega voluntária de armas.

Um estudo realizado pelo Laboratório de Análise da Violência da Uerj revelou que programas de prevenção isolados não apresentam resultados satisfatórios a curto prazo. A “Revisão Sistemática das Avaliações de Impacto dos Programas de Redução de Homicídios em América Latina e o Caribe” analisou 65 avaliações de iniciativas diversas para identificar o que funciona e o que não funciona.

Entre as medidas que se mostraram eficazes, está a política de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, que resultou na redução dos índices de homicídio na região. Por outro lado, a utilização das forças militares para atividades policiais em locais como Cali, na Colômbia, e a militarização do combate ao tráfico no México durante o governo de Felipe Calderón foram consideradas contraproducentes.

O estudo evidenciou a falta de avaliações de longo prazo sobre políticas de redução de homicídios na região, destacando a carência de programas eficazes para enfrentar a violência. No Brasil, o governo de Dilma Rousseff foi o mais próximo de implementar um plano de redução de homicídios, apesar de não ter concluído a tarefa.

A combinação de estratégias de prevenção social com intervenções policiais em áreas com alta incidência de homicídios é apontada como uma abordagem promissora para reduzir a violência. Programas como Fica Vivo!, em Minas Gerais, Pacto pela Vida, em Pernambuco, e Estado Presente, no Espírito Santo, têm apresentado resultados positivos na prevenção de homicídios.

Em resumo, o estudo ressalta a necessidade de políticas eficazes e integradas para enfrentar a violência e reduzir o número de homicídios no Brasil e em toda a América Latina. A priorização do tema da segurança pública e o investimento em medidas comprovadamente eficazes são essenciais para a promoção da paz e da segurança na região.

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