Um exemplo disso é encontrado no livro do Deuteronômio, que remonta ao século 6 a.C., onde se menciona a possibilidade de repúdio de uma mulher pelo marido caso ele a encontre em alguma situação desfavorável. Embora essas passagens sejam trazidas à tona quando se discute o divórcio na Bíblia, é essencial considerar o contexto histórico e cultural em que foram escritas.
Alguns religiosos contemporâneos argumentam que, dada a igualdade entre homens e mulheres na sociedade atual, essas passagens devem ser interpretadas de maneira mais equitativa. Além disso, outros trechos bíblicos, como os Evangelhos de Mateus e Marcos, abordam o tema do divórcio, com Jesus enfatizando a importância da união e advertindo contra a separação, exceto em casos de adultério.
No entanto, a discordância persiste entre católicos e protestantes em relação ao divórcio. Enquanto para os católicos o casamento é considerado indissolúvel, para os protestantes a separação é possível em determinadas circunstâncias, como o adultério. As igrejas evangélicas, por exemplo, têm adotado uma postura mais acolhedora em relação ao divórcio, oferecendo apoio e orientação para aqueles que passam por esse processo.
Em meio a interpretações variadas e divergentes, o debate sobre o divórcio na Bíblia continua a ser um tema complexo e polêmico, refletindo a diversidade de visões e crenças presentes no mundo religioso. É fundamental considerar a evolução da sociedade e a necessidade de adaptar esses ensinamentos antigos aos valores e princípios contemporâneos.