A infância de Elis é marcada por debates sobre a pandemia, conflitos mundiais e o cyberbullying, que se juntam a uma série de preocupações com a saúde mental e a inclusão. Enquanto eu, em minha infância, me preocupava com questões simples como pegar um mandruvá na mão, as crianças de hoje lidam com desafios muito mais profundos e urgentes.
As escolas, por sua vez, têm o desafio de acolher e educar uma geração diversa e plural, que exige um novo olhar sobre a formação de valores e a inclusão de todos os indivíduos. A celebração da diversidade é necessária e justa, mas não podemos ignorar o fato de que muitos ficaram para trás no passado e que agora é preciso correr para alcançar a todos.
É importante que as crianças compreendam, desde cedo, que nem sempre as pessoas mais velhas são responsáveis e que é necessário questionar e pensar criticamente sobre o mundo que as cerca. As dores do mundo parecem recair cada vez mais cedo sobre os ombros das crianças, mas há também a esperança de que os mais velhos tenham a oportunidade de fazer melhor para as gerações futuras.
Nesse Dia da Criança, é fundamental lembrar da importância do brincar e do imaginar juntos, como ferramentas poderosas para construir um futuro mais justo e humano para todos. É hora de olhar para o mundo pelos olhos das crianças e aprender com elas a criar dias melhores para todos.