Desde que a indicação de Galípolo foi confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de agosto, o diretor tem buscado apoio entre os senadores. Realizou um intenso trabalho de aproximação com pelo menos 48 parlamentares alinhados tanto ao governo quanto à oposição, mesmo em meio ao período de esvaziamento do Congresso devido às eleições municipais.
Além disso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, juntamente com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, têm se empenhado em angariar apoio para a candidatura de Galípolo, tanto entre os senadores da oposição quanto entre os da base do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou o economista.
A possibilidade de Galípolo assumir a presidência do BC gerou preocupações no mercado devido às críticas de Lula à política monetária e às tendências heterodoxas do economista. No entanto, Galípolo tem demonstrado compromisso com a estabilidade econômica, defendendo o aumento da taxa de juros, o que tranquilizou parte dos investidores.
Aos 42 anos de idade, ex-secretário-executivo da Fazenda, Galípolo precisa da maioria dos votos na CAE e no plenário do Senado para ser confirmado como presidente do BC a partir de janeiro de 2025, sucedendo Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro deste ano. Em sua última sabatina no Senado, em 2023, Galípolo foi aprovado por larga margem de votos, o que aumenta as expectativas quanto à sua nomeação.