Com 24 quilômetros de pistas situadas entre 1.370 e 1.800 metros de altitude, a estação Grand Puy vem acumulando prejuízos anuais que chegam a centenas de milhares de euros, impactados pela mudança climática. O prefeito da cidade, Laurent Pascal, propôs o fechamento da estação e a diversificação das atividades oferecidas aos visitantes, visando atividades esportivas e de natureza que respeitem o meio ambiente.
Entre as alternativas propostas pela prefeitura estão a conversão de um reservatório em um lago para pesca e a construção de uma pista de corrida. A cidade de Seyne-les-Alpes já havia recebido destaque internacional em 2015, após um acidente aéreo da companhia Germanwings na região, onde todas as 150 pessoas a bordo faleceram.
Além disso, a comunidade de municípios de Matheysine também concordou em acabar com os subsídios à estação Alpe du Grand Serre, outra estação de esqui na região dos Alpes que encerrará suas atividades após 85 anos de existência. Essa tendência de fechamento de estações de esqui não lucrativas localizadas em áreas de meia montanha, conforme apontado por Pierre-Alexandre Metral, doutorando na Universidade de Grenoble, evidencia os impactos do aquecimento global na indústria do turismo de inverno.
Com a incerteza cada vez maior da presença de neve nas montanhas devido ao aquecimento global, as estações turísticas enfrentam desafios consideráveis desde os anos 2000. Enquanto a França se prepara para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno em 2030, o fechamento de estações de esqui como Grand Puy e Alpe du Grand Serre revela a necessidade de adaptação e diversificação das atividades oferecidas nas regiões alpinas.
