Em cidades maiores, como Brasília e Rio de Janeiro, a remuneração chega a R$ 1.953. No entanto, a categoria busca regularização da profissão para elevar os salários e melhorar as condições de trabalho, especialmente diante do aumento da demanda devido à crise climática em curso.
Um projeto de lei apresentado na Câmara pela deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) propõe que os brigadistas tenham direito a assistência médica, psicológica e seguro de vida em caso de acidente. Atualmente, os profissionais atuam sob contrato temporário de até seis meses, sem possibilidade de prorrogação.
Dados do Ibama indicam que 1.907 brigadistas, incluindo chefes e supervisores, foram enviados a campo para combater incêndios até o final de agosto. No total, 2.728 profissionais do Ibama e do ICMBio estão na linha de frente contra as queimadas, segundo boletim do governo federal.
Lucas Alves Maia, brigadista há seis anos, relata as condições de trabalho enfrentadas pela categoria, como plantões de 36 horas e a periculosidade da profissão. No último mês, três brigadistas perderam a vida em São Paulo e no Piauí, ressaltando os riscos envolvidos no combate às chamas.
A falta de reconhecimento e de condições adequadas de trabalho são desafios enfrentados diariamente por esses profissionais, que arriscam suas vidas para proteger o meio ambiente e combater as queimadas que assolam o país. É fundamental que medidas sejam tomadas para valorizar e garantir melhores condições de trabalho para os brigadistas florestais, que desempenham um papel crucial na preservação dos ecossistemas brasileiros.
