A situação veio à tona quando foi revelado que um membro do PCC obteve registro de CAC no Exército, mesmo respondendo a 16 processos criminais, incluindo homicídio e tráfico. Esse indivíduo apresentou apenas uma certidão negativa da segunda instância, e o Exército não solicitou a da primeira, onde constavam os processos em seu nome.
A proposta do Exército é estabelecer uma cooperação técnica com o CNJ para criar um sistema que permita consultas automáticas à base de dados da Justiça de forma unificada. Os militares defendem a base única, pois acreditam que não deveria ser responsabilidade do Exército buscar informações não integradas pelos órgãos de Justiça.
Enquanto aguardam a implementação dessa ferramenta, o Exército tem utilizado a plataforma JusBrasil para verificar se os interessados em se tornarem CAC respondem a processos. Atualmente, existem 110 mil processos relacionados a CACs aguardando análise da Força, que permanecerão sob a responsabilidade do Exército mesmo após a transferência dos CACs para a Polícia Federal em 2015.
O TCU destacou que as fragilidades no processo de verificação de idoneidade têm raízes tanto na legislação vigente quanto na falta de coordenação entre os diferentes órgãos envolvidos. A corte de contas recomendou ao CNJ a unificação das certidões de antecedentes criminais para facilitar o processo de verificação da idoneidade dos candidatos a CAC.