A cidade vizinha, Santo André, também não ficou isenta da violência contra idosos, ocupando o segundo lugar na lista de denúncias, com um total de 431 registros. Destes, 377 são por violência física e 88 por questões patrimoniais. Já em Mauá, as ocorrências somam 275, com 239 denúncias de agressões físicas e 54 por violência contra o patrimônio.
Diadema aparece logo em seguida na terceira posição, acumulando 194 denúncias até o momento, com a maioria delas (176) relacionadas a agressões físicas e 74 por questões patrimoniais. São Caetano e Ribeirão Pires também registraram números alarmantes, com 92 e 80 denúncias respectivamente, a maioria delas relacionadas a violência física.
A situação se agrava ainda mais quando observamos as estatísticas de Rio Grande da Serra, que aparece em último lugar na lista com 24 denúncias, todas relacionadas a violência física, além de 7 casos de violência patrimonial. Esses números evidenciam a urgência de um olhar atento para evitar a negligência no cuidado com os idosos e para garantir que aqueles que possuem alguma forma de dependência recebam a assistência necessária.
A geriatra Vanessa Silva Morais ressalta a importância da atenção contínua aos idosos que dependem de terceiros devido a condições físicas ou cognitivas. A presença de cuidadores deve estar sempre acompanhada de medidas de segurança, como a instalação de câmeras de monitoramento. A advogada Antonieta Rosa Nogueira Ferreira destaca a vulnerabilidade dos idosos e alerta para a necessidade de espaços destinados à terceira idade, que promovam bem-estar e estimulem a autonomia.
É fundamental que a sociedade como um todo fique atenta aos sinais de violência contra os idosos, desde lesões inexplicáveis até mudanças comportamentais. A violência interpessoal também deve ser combatida, visando garantir o respeito e a dignidade dos mais velhos em nossa sociedade. A conscientização e a ação são fundamentais para combater esse tipo de violência e proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para nossos idosos.