Sua vitória nas urnas surpreendeu a todos, tornando-se um dos 16 senadores eleitos pela oposição no pleito daquele ano. Logo no início de seu mandato, Saturnino se destacou como um dos principais oradores da bancada da oposição, criticando a ditadura militar e defendendo a intervenção do Estado na economia.
Durante seu período no Senado, Saturnino apresentou projetos importantes, como a defesa da criação de impostos sobre heranças e ganhos de capital. Mesmo sem sucesso na votação dessas propostas, Saturnino teve seu trabalho reconhecido, culminando em seu retorno ao Senado em 1998, onde se destacou como relator de leis relevantes, como a criação do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações e a inclusão do ensino de música, teatro e artes visuais no currículo nacional.
Além disso, Saturnino desempenhou um papel crucial durante o escândalo da violação do painel eletrônico de votações em 2000, sendo escolhido como relator das denúncias contra os senadores envolvidos. Sua atuação foi marcada pela defesa da transparência e lisura no Congresso.
Ao encerrar sua passagem pelo Senado, Saturnino presidiu a Comissão de Relações Exteriores em seus últimos anos de mandato, demonstrando seu compromisso com as relações internacionais do país. Após não buscar a reeleição em 2006, o ex-senador faleceu em 2024, deixando um legado de luta pela democracia e justiça social no Brasil. Sua trajetória exemplar e sua contribuição para a política brasileira permanecerão como parte importante da história do país.