Repórter São Paulo – SP – Brasil

Mudanças climáticas forçam Suíça e Itália a ajustarem fronteira em torno do Monte Matterhorn para adaptar-se ao derretimento das geleiras.

A Suíça e a Itália estão enfrentando desafios devido às mudanças climáticas que estão afetando as fronteiras entre os dois países. A fronteira sob o Monte Matterhorn, historicamente marcada por geleiras, está sendo ajustada devido ao derretimento dessas formações naturais. Segundo o governo suíço, as geleiras nos Alpes estão derretendo rapidamente, causando mudanças significativas na paisagem e na delimitação da fronteira entre os países.

A Europa é o continente que mais está enfrentando o aquecimento global, com os Alpes sendo uma das áreas mais impactadas. Nos últimos dois anos, as geleiras alpinas perderam 10% de seu volume, um reflexo do aumento das temperaturas na região. Estudos apontam que os glaciares poderão perder metade de seu gelo até 2050, mesmo se o aquecimento global for limitado a 2°C em relação aos níveis pré-industriais.

As mudanças na fronteira entre Suíça e Itália estão afetando áreas turísticas como Zermatt, um famoso resort de esqui nos Alpes. Montanhistas e esquiadores que cruzam entre os dois países precisarão se adaptar às novas delimitações em locais como Testa Grigia, Plateau Rosa, Rifugio Carrel e Gobba di Rollin. A Suíça já aprovou o tratado de ajuste de fronteira, enquanto a Itália ainda precisa oficializar essas mudanças.

Em julho de 2022, a região foi palco de uma tragédia, quando um bloco de gelo se soltou do glaciar da montanha Marmolada, na Itália, matando 11 alpinistas. O desabamento de gelo e as mudanças na paisagem alpina são alertas para os impactos das mudanças climáticas e a necessidade de adaptação por parte dos países e das comunidades locais. A preservação das geleiras e do ambiente natural é essencial para a manutenção da paisagem e para a segurança das pessoas que frequentam essa região.

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