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Investigação da Polícia Civil de SP revela furto de 157 búfalos e 28 cabeças de gado em santuário de Cunha

A Polícia Civil de São Paulo está investigando o furto de 157 búfalos e 28 cabeças de gado que estavam sob a guarda do Santuário Vale da Rainha, localizado em Cunha, a 223 km da capital paulista. De acordo com informações da ONG responsável pelo santuário, os animais foram retirados de lá desde março deste ano.

Os búfalos, a maioria fêmeas, foram resgatados em 2021 da Fazenda Água Sumida, situada em Brotas, interior de São Paulo. A operação de resgate ganhou destaque nacional devido às condições precárias em que os animais se encontravam, com sinais de maus-tratos e cerca de 200 deles falecendo por inanição e desidratação, enquanto outros 900 foram salvos.

Segundo uma das responsáveis pelo santuário, Patrícia Favano, os animais estão sendo furtados com o objetivo de serem vendidos ilegalmente para outras fazendas. Os furtos têm ocorrido sempre durante a noite, com os criminosos chegando em caminhões e cortando cercas para retirar os animais, que depois são negociados no mercado clandestino.

Em um comunicado, a representante do santuário afirmou que a situação tem sido terrível nos últimos seis meses, descrevendo a situação como um sequestro da fauna. Recentemente, parte do rebanho foi localizado em Pereiras, município do interior paulista, onde foram apreendidos 12 búfalos e 20 bovinos, que já foram identificados.

As investigações continuam em andamento, com o objetivo de identificar os responsáveis pelo crime e as circunstâncias que envolveram o furto dos animais. O Santuário Vale da Rainha é dedicado ao acolhimento de animais de grande porte em situação de abandono ou maus-tratos, abrigando atualmente cerca de 600 animais, entre búfalos e cavalos, resgatados da fazenda em Brotas.

O caso dos búfalos resgatados em 2021 e as condições em que foram encontrados geraram grande comoção e indignação, levando à prisão do proprietário da Fazenda Água Sumida e resultando em multas milionárias. Desde janeiro de 2022, os animais estavam sob os cuidados de uma ONG, mas recentemente o Santuário Vale da Rainha e o Rancho dos Gnomos solicitaram autorização para assumir definitivamente a responsabilidade pelo cuidado dos animais, sendo atendidos pela Justiça em novembro de 2023.

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