Repórter São Paulo – SP – Brasil

Eventos climáticos extremos no Brasil levantam questões sobre a relação entre a Bíblia e o meio ambiente: uma reflexão necessária.

Recentemente, o Brasil tem enfrentado uma série de eventos climáticos extremos, como enchentes no Sul, incêndios no Pantanal e rios secando na Amazônia. Essas catástrofes naturais têm sido descritas com um vocabulário que remete ao imaginário bíblico, com referências a inundações diluvianas e incêndios apocalípticos.

A relação entre as catástrofes naturais e a Bíblia levanta questões sobre a percepção da humanidade em relação ao planeta. A Bíblia hebraica, influenciada por antigas mitologias da Mesopotâmia, também aborda a relação entre humanos e natureza, destacando o papel dos mortais na organização da terra e na domesticação dos animais.

Trechos bíblicos que falam sobre o domínio do homem sobre a natureza têm gerado debates teológicos sobre o significado de subjugar ou cuidar da criação divina. Durante séculos, a Bíblia foi usada para justificar a exploração predatória dos recursos naturais, como na colonização da África e América, e na destruição das florestas europeias.

A visão bíblica do fim dos tempos, especialmente no Livro do Apocalipse, também levanta questões sobre a relação da humanidade com a Terra. Alguns autores acreditam que as visões catastróficas sobre o fim dos tempos no Apocalipse podem ser influenciadas pelo contexto histórico em que foi escrito, marcado por eventos como a destruição de Jerusalém e a erupção do Vesúvio.

A ideia de um final incontornável seguido pela salvação dos escolhidos levanta a questão se essa mentalidade não reforça a ideia de que, se o fim está próximo, não há necessidade de preservar o planeta. O debate sobre a relação entre a Bíblia e o meio ambiente continua sendo um tema atual e relevante, com diferentes interpretações e perspectivas sobre a responsabilidade humana em relação à natureza.

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