O incidente teria ocorrido na madrugada de segunda-feira (30), próximo à comunidade Jardim Catarina. Um dos rapazes, de 26 anos, está em estado grave, em coma induzido no Hospital Estadual Alberto Torres. Já o outro, de 25 anos, está se recuperando em casa, mas teve o rosto desfigurado e sofreu cortes profundos no joelho e na perna.
Diante da gravidade da situação, a Polícia Militar informou que a corregedoria abriu uma investigação para apurar o caso. Em nota, a corporação afirmou que não tolera crimes cometidos por seus integrantes e se compromete a identificar e punir os responsáveis com rigor.
Em entrevista à imprensa, um dos jovens relatou com dificuldade os momentos de terror que viveu. Segundo ele, ao fazer um retorno na BR-101 em direção ao Jardim Catarina, foram abordados por três viaturas da PM, que os derrubaram da moto e passaram a agredi-los com chutes no rosto, sem sequer solicitar documentos.
O advogado Daniel Sanchez Borges, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, está acompanhando o caso e defendendo as vítimas. Segundo relatos, um dos policiais teria apontado um fuzil para os jovens, que caíram da moto e foram brutalmente agredidos.
A corregedoria da Polícia Militar está empenhada em identificar os policiais envolvidos no incidente, uma vez que todos os agentes são obrigados a utilizar câmeras corporais, e as viaturas possuem localizadores.
Este episódio chocante reforça a importância do uso correto das câmeras pelos policiais para garantir transparência e responsabilização em situações como essa. O Ministério Público do Rio de Janeiro já utilizou a tecnologia para indiciar PMs por crimes no exercício da função, mas ainda há desafios a serem superados para garantir o cumprimento efetivo da lei e a proteção dos cidadãos.