Governo brasileiro condena decisão de Israel de declarar António Guterres como persona non grata, prejudicando esforços da ONU no Oriente Médio.

O governo brasileiro se pronunciou oficialmente nesta quinta-feira (4) sobre a decisão do governo de Israel de declarar o secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, como persona non grata. Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil lamentou e condenou veementemente essa atitude, considerando que ela prejudica significativamente os esforços da ONU em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio.

De acordo com o comunicado, o Brasil enfatizou a importância de garantir a libertação imediata e incondicional de todos os reféns na região, bem como a necessidade de promover um processo que viabilize a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente convivendo pacificamente ao lado de Israel. Para o governo brasileiro, a atitude de Israel afasta a região de uma solução pacífica e não contribui para o bem-estar das populações israelense e palestina.

O ministro israelense dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, foi quem anunciou a proibição de entrada de Guterres em Israel, afirmando que o secretário-geral da ONU será lembrado como uma mancha na história da organização. No entanto, o Brasil reforçou a importância das Nações Unidas, especialmente da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança, nos esforços pela promoção da paz e da segurança global.

Diante desse cenário tenso, o governo brasileiro expressou seu apoio à ONU e seu compromisso com a resolução pacífica de conflitos, reiterando a necessidade de cooperação internacional para garantir a estabilidade e a segurança na região do Oriente Médio. A nota divulgada pelo Itamaraty enfatizou a relevância da atuação da ONU na defesa dos direitos humanos e na promoção da dignidade da pessoa humana, reforçando a importância do diálogo e da diplomacia na busca por soluções duradouras e justas.

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