Repórter São Paulo – SP – Brasil

Segurança pública é apontada como principal problema em capitais às vésperas das eleições municipais de 2024: o que os prefeitos podem fazer?

Nas vésperas das eleições municipais de 2024, a segurança pública se destaca como a principal preocupação dos moradores de sete das dez maiores capitais do Brasil, de acordo com pesquisas eleitorais realizadas pela Quaest em agosto. Esse tema tem ganhado centralidade nos debates eleitorais, mesmo com as limitações que prefeitos e vereadores têm em relação ao combate à criminalidade devido às atribuições que cabem aos municípios, conforme previsto na Constituição Brasileira.

A população brasileira encontra-se submetida a diferentes tipos de violência, além dos homicídios. O roubo de celular, por exemplo, é um crime bastante prevalente nas grandes cidades, com pesquisa do instituto Datafolha indicando que aproximadamente 9,2% dos brasileiros tiveram seus celulares roubados em um período de 12 meses. Essa percepção de diferentes formas de violência no cotidiano das pessoas contribui para a preocupação com a segurança pública.

Os municípios têm a possibilidade de desenvolver ações voltadas para a prevenção da violência, como a instalação de iluminação e câmeras, e a criação de guardas municipais. Além disso, as políticas municipais de segurança podem envolver ações em diversas áreas, como ordenamento urbano, investimento na primeira infância, educação e urbanismo social.

Exemplos bem-sucedidos de ação municipal na segurança pública são os Centros Comunitários da Paz (Compaz) do Recife, baseados na estratégia de Medellín, na Colômbia, que passou por um processo de revitalização urbana e redução significativa nas taxas de homicídios. Outras iniciativas, como as Usinas de Paz do Pará e a transformação dos Centros Educacionais Unificados em São Paulo, também contribuem para a criação de locais de convivência e prestação de serviços comunitários.

No entanto, é importante destacar que a segurança pública é um desafio complexo e que demanda um conjunto de medidas integradas. Nesse sentido, os municípios precisam atuar de forma estratégica, considerando suas competências e buscando soluções efetivas para a promoção da segurança e prevenção da violência em suas regiões.

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