Desde a adolescência, Paulo esteve envolvido com a ferrovia, começando como voluntário de telegrafista na estação de Cascavel, em São Paulo. Sua trajetória profissional na companhia o levou a se aposentar em 1991 como consultor-geral da Fepasa (Ferrovia Paulista S.A), posição de destaque.
No entanto, foi após sua aposentadoria que Paulo Francisco deu início a uma das mais longevas carreiras sindicais do país. Por 48 anos, presidiu o Sindicato dos Ferroviários da Zona Mogiana, lutando incessantemente pelos direitos da categoria. Em 2022, passou a ser vice-presidente do sindicato e dedicou-se integralmente à União dos Ferroviários Aposentados da Mogiana (Ufam), onde também era presidente.
Sua atuação sindical foi marcada pela luta incansável em prol dos ferroviários. Graças à sua iniciativa e à parceria com o então prefeito de Campinas, Paulo conseguiu construir a sede própria do sindicato, além de uma colônia de férias em Praia Grande e um clube de campo em Desembargador Furtado.
Um dos momentos marcantes de sua carreira foi a aprovação da lei 3.720, que garantia a complementação das aposentadorias e pensões dos ferroviários da ativa. A pressão política o levou a se candidatar a vereador, mas mesmo não sendo eleito, sua contribuição para a categoria foi essencial.
Paulo Francisco faleceu aos 85 anos em decorrência de problemas renais e cardíacos, deixando um legado de dedicação à ferrovia e aos ferroviários. Sua esposa, filho, enteados, netas e admiradores da sua luta sindical e social-democrata prestam suas homenagens a esse grande defensor dos direitos dos trabalhadores ferroviários.