Mototaxista é executado por milicianos no Rio de Janeiro após confusão com arma de brinquedo de gel, diz família.

A morte do mototaxista e entregador de aplicativo Pedro Henrique Figueiredo da Silva, 27 anos, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, está sendo investigada pela Polícia Civil. A família do jovem alegou que ele foi abordado e posteriormente assassinado por milicianos. Segundo depoimentos, os criminosos vasculharam o celular de Pedro Henrique e encontraram uma foto em que ele segurava uma arma de brinquedo com munição de gel, o que teria motivado o crime.

O ocorrido se deu na rua Araticum, próxima à comunidade do Anil e da Gardênia Azul, conhecida como ‘rua da morte’ devido aos constantes homicídios relacionados a disputas entre o tráfico de drogas e a milícia. Uma testemunha informou à polícia que o mototaxista desapareceu após ser abordado e ter seu celular revistado.

Pedro Henrique foi visto pela última vez ao levar uma passageira para a rua Araticum na noite de quarta-feira (25). No dia seguinte, a mãe dele foi informada de que a motocicleta do filho estava circulando na região. O corpo do jovem foi encontrado com marcas de tiros na avenida Ayrton Senna.

A Delegacia de Homicídios está conduzindo as investigações para identificar os responsáveis pelo assassinato. Vale ressaltar que o mototaxista possuía antecedentes criminais recentes por violência doméstica e tráfico de drogas.

Além disso, a utilização de armas de gel, uma nova tendência que vem se popularizando em cidades como São Paulo e Goiânia, também chegou às favelas do Rio de Janeiro, gerando preocupação entre os moradores e organizações sociais. Essas armas são capazes de disparar até 300 bolinhas por minuto e são produzidas em plástico colorido com formatos que imitam pistolas, fuzis e submetralhadoras.

A investigação sobre a morte de Pedro Henrique continua em andamento, e a polícia está empenhada em esclarecer os detalhes deste triste acontecimento.

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