Repórter São Paulo – SP – Brasil

Déficit público atinge R$21,425 bilhões em agosto, mantendo patamar do mês anterior, segundo Banco Central.

O setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 21,425 bilhões em agosto, mantendo-se praticamente estável em relação ao mês anterior, quando registrou um resultado similar de R$ 21,348 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 30.

No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit atingiu R$ 256,337 bilhões, o correspondente a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação com o período até julho, houve uma leve redução do rombo, que era de R$ 257,742 bilhões (ou 2,29% do PIB). Esses números refletem a diferença entre as receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.

Ao analisar a abertura dos dados, observa-se que o governo central teve um déficit primário de R$ 22,329 bilhões em agosto. Enquanto as empresas estatais e os Estados apresentaram superávit de R$ 469 milhões e R$ 3,386 bilhões, respectivamente. Por outro lado, os municípios registraram um rombo de R$ 2,951 bilhões.

Economistas como Tiago Sbardelotto, da XP Investimentos, apontam que o rombo do governo central decorre, em parte, do crescimento insuficiente das receitas líquidas para compensar o aumento das despesas. Além disso, os desembolsos para o Fundo Eleitoral, de aproximadamente R$ 5 bilhões, também tiveram impacto negativo. O Itaú Unibanco destacou a necessidade de um novo bloqueio de despesas do governo federal para garantir o cumprimento do limite de gastos em 2024.

A dívida bruta do governo geral apresentou um crescimento de 0,15 ponto percentual de julho para agosto, atingindo 78,55% do PIB. Esse indicador é crucial para a avaliação da capacidade de solvência do país pelas agências de classificação de risco, refletindo o risco de calote. No entanto, em dezembro de 2013, a dívida bruta atingiu seu menor patamar, representando 51,5% do PIB.

Diante desse contexto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a importância do alinhamento entre as políticas fiscal e monetária como condição para o crescimento econômico sustentável. Segundo Haddad, o respeito ao arcabouço fiscal possibilitará ao Banco Central mais espaço para a redução das taxas de juros, contribuindo para a retomada da economia.

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