Brasil tem seu grau de investimento rebaixado pela Moody’s, ficando um nível abaixo da categoria de bom pagador

Agências estrangeiras de classificação de risco desempenham um papel fundamental na economia mundial, determinando o grau de confiança dos investidores internacionais em determinados países. Essas agências emitem notas que servem como referência para os juros dos títulos públicos e privados, representando o custo para o governo pegar dinheiro emprestado dos investidores e a capacidade das empresas de honrarem seus compromissos financeiros.

As agências mais renomadas nesse campo são a Fitch, a Moody’s e a Standard & Poor’s (S&P Global), que periodicamente enviam especialistas aos países avaliados para analisarem as condições econômicas. Uma avaliação positiva por parte dessas agências pode resultar em benefícios significantes para um país, como a possibilidade de levantar recursos no mercado internacional com custos menores e melhores condições de pagamento.

Em 2008, o Brasil alcançou a categoria de grau de investimento, o que representava um atestado de confiança na economia do país. No entanto, em uma reviravolta em 2015, a S&P Global retirou esse status do Brasil, abrindo caminho para outros rebaixamentos por parte das outras agências de classificação de risco.

Atualmente, o Brasil se encontra um nível abaixo do grau de investimento na Moody’s e na Fitch, o que impacta negativamente a capacidade do país de atrair investimentos estrangeiros e obter juros mais baixos nos títulos públicos. As críticas às agências de classificação de risco incluem o fato de que elas erraram em prognósticos anteriores, como no caso da crise econômica global de 2008, quando deram notas altas para operações de créditos imobiliários nos Estados Unidos que entraram em colapso.

Apesar das críticas, as notas emitidas pelas agências de rating continuam tendo um papel relevante no mercado financeiro internacional, influenciando diretamente os investimentos e a confiança dos agentes econômicos nos países avaliados.