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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho será levado a júri popular por acidente fatal envolvendo motorista de aplicativo

A Justiça de São Paulo decidiu manter a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, e levá-lo a júri popular para que seja julgado pelo acidente que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, e feriu outra pessoa que estava no veículo com Sastre. A decisão foi tomada pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra e, segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ainda não há uma data definida para o julgamento.

O acidente ocorreu na madrugada de 31 de março deste ano, quando Andrade Filho conduzia uma Porsche azul modelo 911 Carrera GTS, ano 2023, que pertencia ao seu pai, pela Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, e se chocou com a traseira do Renault Sandero dirigido por Viana. No momento do acidente, também estava no veículo com Sastre seu amigo Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22 anos.

Uma simulação feita pela Polícia Civil indicou que o Porsche estava a 134,6 km/h, sendo que a velocidade máxima permitida no trecho era de 50 km/h. O empresário não realizou o exame de alcoolemia no local do acidente e se apresentou à Polícia Civil somente 38 horas depois, negando ter consumido bebida alcoólica.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Andrade Filho por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, acusação que foi aceita pelo TJSP. O processo tramita na 1ª Vara do Júri, no Fórum da Barra Funda, sob responsabilidade do juiz Cintra. Durante a primeira audiência, realizada em 28 de junho, 17 testemunhas prestaram depoimento, sendo 10 de acusação e 7 de defesa. Uma das testemunhas declarou ter visto o empresário ingerindo bebida alcoólica naquela noite.

Atualmente, Fernando Sastre de Andrade Filho está detido na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. Os advogados de defesa do empresário não foram encontrados para comentar sobre o caso. O espaço permanece aberto para manifestações a respeito do desenrolar do processo judicial envolvendo o acidente.

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