Diante desse desafio, várias cidades da região do ABC paulista têm adotado medidas para combater essa problemática, implementando pontos de coleta e programas de conscientização. Em Diadema, por exemplo, foram criados pontos de entrega voluntária em cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde os moradores podem descartar seus medicamentos de forma segura e adequada.
Já em Ribeirão Pires, a logística reversa tem sido adotada como forma de incentivar o descarte correto dos medicamentos, seguindo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. As farmácias locais são responsáveis por recolher e encaminhar os medicamentos vencidos para destinação adequada, contando com o apoio da prefeitura para expandir os pontos de coleta.
No município de Rio Grande da Serra, a população pode entregar seus medicamentos vencidos em qualquer unidade de saúde, onde a coleta é realizada regularmente por empresas especializadas em resíduos infectantes. Enquanto em São Caetano, além do descarte nas unidades básicas de saúde, equipes da Estratégia Saúde da Família também realizam visitas domiciliares para conscientizar os moradores sobre a importância do descarte correto.
Santo André, por sua vez, conta com um sistema de descarte de medicamentos através da Semasa, que recolhe resíduos de saúde, incluindo medicamentos vencidos, de estabelecimentos com contrato. As farmácias locais são obrigadas por lei a receber esses medicamentos, e a população pode realizar denúncias caso encontrem dificuldades nesse processo.
Mauá, por fim, disponibiliza coletores em todas as unidades de saúde e na Secretaria de Saúde, promovendo uma campanha de conscientização ativa desde maio de 2022. Os esforços da cidade foram recompensados com o significativo volume de 1.531 kg de medicamentos recolhidos em 2023, e mais 1.357 kg até agosto de 2024, evidenciando a relevância do descarte responsável.
Diante desse panorama, fica claro que a conscientização da população e a implementação de medidas eficientes de descarte de medicamentos são fundamentais para preservar tanto a saúde pública quanto o meio ambiente. A união de esforços entre cidadãos, poder público e setor privado é essencial para garantir um futuro mais saudável e sustentável para todos.