Batalhas com armas de gel geram preocupação nas favelas do Rio de Janeiro e colocam a PM em alerta

A nova febre nas periferias do Brasil tem gerado um alerta para as autoridades policiais e causado preocupação entre moradores e organizações sociais. As batalhas com armas de gel, que se tornaram uma prática comum em cidades como São Paulo e Goiânia, chegaram agora às favelas do Rio de Janeiro, trazendo consigo uma série de desafios e potenciais riscos.

Nos últimos dias, grupos de crianças e adolescentes têm se reunido nas comunidades cariocas para participar dessas batalhas, que acontecem no meio da rua e envolvem armas de plástico carregadas com munição de bolinhas de gel. As peças, que imitam pistolas, fuzis e submetralhadoras, podem disparar até 300 bolinhas por minuto, transformando as ruas em verdadeiros campos de batalha.

Imagens obtidas pela reportagem mostram uma grande quantidade de pessoas, incluindo crianças e adolescentes, armadas com suas armas de gel, em meio a perseguições em quadriciclos, motos e carros. A presença de traficantes nas brincadeiras também foi relatada por moradores, aumentando a preocupação com a segurança pública nas áreas afetadas.

A Polícia Militar realizou uma operação em comunidades próximas às favelas onde as batalhas estão ocorrendo, mas afirmou que a ação não tinha relação direta com as armas de gel. No entanto, relatos de abordagens a jovens que portavam essas armas foram ouvidos, evidenciando a complexidade da situação.

O Inmetro afirmou que as armas de gel não são classificadas como brinquedos e que a comercialização de objetos que imitam armas de fogo é proibida no Brasil. A preocupação com a segurança dos moradores e a disseminação dessas práticas pelas redes sociais têm mobilizado organizações sociais e associações de moradores a tentar conter esses encontros.

A presença de cantores famosos entre os jovens segurando armas de gel nas redes sociais mostra a influência e a popularização dessa prática. O custo acessível e a praticidade das armas de gel, recarregáveis por USB e com luzes e som, contribuem para a sua disseminação.

Diante desse cenário, é necessário um maior controle e regulação desses produtos, para evitar acidentes e garantir a segurança da população. As batalhas com armas de gel representam um desafio para as autoridades e exigem medidas eficazes para coibir essa prática que coloca em risco a integridade de crianças, adolescentes e moradores das comunidades afetadas.

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