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Nunes e Boulos entram em embate no nono debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo

O nono debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido pela Record neste sábado, 28, foi marcado por intensos embates e 11 pedidos de direito de resposta, todos negados. O candidato do PRTB, Pablo Marçal, foi o único a receber uma advertência e, como resultado, perdeu 30 segundos nas considerações finais. No entanto, não houve um protagonismo isolado entre os seis postulantes convidados, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) sendo os principais alvos das críticas durante o evento.

O debate foi o primeiro realizado após o incidente de agressão entre o assessor de Marçal e o marqueteiro de Ricardo Nunes. Diversas medidas de segurança foram adotadas pela organização, incluindo o uso de copos de plástico, cadeiras fixadas no chão e câmeras posicionadas para monitorar as equipes dos candidatos.

Durante os embates, Boulos e Nunes protagonizaram um dos momentos mais acalorados, com o psolista questionando o prefeito sobre sua postura durante os apagões da Enel. Nunes evitou a resposta e tentou desviar o foco, citando o arquivamento de uma denúncia de rachadinha contra um deputado federal pelo qual Boulos foi relator.

No entanto, Boulos também se viu envolvido em polêmica, desta vez com Marçal, que fez uma referência pejorativa ao candidato do PSOL, chamando-o de “Boules”. Após ser advertido, Marçal corrigiu-se, mas o episódio rendeu um prejuízo de tempo em suas considerações finais.

Outro momento marcante do debate foi a acusação de plágio feita por Marina Helena (Novo) à deputada Tabata Amaral (PSB). A economista afirmou que Tabata teria se apropriado de propostas de outros parlamentares ao longo de sua carreira. A discussão acalorada demonstrou a tensão entre as candidatas e indicou possíveis disputas futuras por cargos na Câmara dos Deputados.

Por fim, o candidato Marçal chamou atenção ao trocar o número de Boulos pelo número do PT, criando uma associação entre o psolista e o presidente Lula. A confusão causada pela troca dos números foi alvo de preocupação na equipe de Boulos, que reforçou que seu número eleitoral é 50, do PSOL, e não 13.

Em meio a esses momentos de confronto e troca de acusações, o debate foi marcado por uma dinâmica intensa e acirrada entre os candidatos, demonstrando a importância e a relevância do pleito eleitoral na cidade de São Paulo.

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