Repórter São Paulo – SP – Brasil

Empresário réu por morte de motorista de aplicativo será levado a júri popular em São Paulo. Sentença pode chegar a 30 anos.

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, está sendo levado a júri popular por ter causado a morte do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, de 52 anos. A decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e a data do julgamento ainda não foi confirmada. O julgamento deve ocorrer no Fórum Criminal da Barra Funda e será conduzido pelo juiz Roberto Zanichelli Cintra, com a participação de sete pessoas.

Sastre é acusado de dois crimes: homicídio por dolo eventual, por ter assumido o risco de matar, e lesão corporal gravíssima, por ter ferido também seu amigo Marcus Vinicius Machado Rocha. As penas somadas podem chegar a 30 anos de prisão.

O suspeito está em prisão preventiva desde 6 de maio e sua defesa teve cinco pedidos de liberdade negados. O acidente que resultou na morte de Ornaldo ocorreu na avenida Salim Farah Maluf, por volta das 2h do domingo, dia 31 de março. Sastre perdeu o controle do Porsche que dirigia e colidiu na traseira de um Renault Sandero, resultando na morte de Ornaldo.

Sastre foi indiciado criminalmente por homicídio doloso, lesão corporal e fuga. Ele se apresentou na delegacia mais de 30 horas após o acidente. Imagens das câmeras corporais dos policiais que atenderam a ocorrência mostram o empresário ao lado de sua mãe, tentando deixar o local do acidente.

Além disso, Sastre foi condenado a pagar dois salários mínimos por mês à família da vítima. A defesa da família de Viana havia solicitado uma pensão de cinco salários mínimos, enquanto o Ministério Público defendeu o pagamento de três salários mínimos. O desdobramento desse caso trágico continua a despertar atenção e questionamentos sobre a responsabilidade e as consequências de atos imprudentes no trânsito.

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