A relação entre as palavras e as coisas é explorada de forma filosófica, lembrando o ensaio de Foucault sobre a antiga crença na ligação direta entre a língua e a realidade. Hoje, sabe-se que as palavras são meros símbolos, metáforas que representam conceitos de forma arbitrária. Cada palavra é como uma chave que deve ser cuidadosamente escolhida para desbloquear o significado desejado.
O autor enfatiza a importância da precisão na linguagem, evitando termos genéricos como “coisa” e optando por termos mais específicos e descritivos. Ele cita o conselho de Millôr de evitar o uso da palavra “coisa” em favor de termos mais precisos e significativos. A boa escrita, segundo o autor, consiste em encontrar a palavra certa para cada conceito, evitando obscuridades e ambiguidades que possam prejudicar a compreensão.
Por outro lado, o autor critica a tendência de muitos escritores contemporâneos de utilizar uma linguagem rebuscada e obscuro, dificultando a compreensão do leitor. Ele menciona uma crônica satírica de Tati Bernardi que ironiza um discurso pseudo-sociológico complexo e desprovido de significado claro.
Em suma, a reflexão sobre as palavras e sua relação com as coisas destaca a importância da clareza e da precisão na comunicação. Escolher as palavras certas é fundamental para garantir que a mensagem seja compreendida corretamente e que o significado desejado seja transmitido de forma eficaz. A linguagem é uma ferramenta poderosa que deve ser utilizada com cuidado e atenção para evitar mal-entendidos e ambiguidades.