Os acusados, que negam as irregularidades, respondem a dois crimes: aliciamento e exploração sexual de menores, e indução à prostituição. Segundo a Promotoria, os suspeitos obtiveram lucros financeiros significativos pela exploração sexual de mulheres brasileiras, em um cenário conhecido como turismo sexual.
O único brasileiro envolvido, Fabrício Marcelo Silva de Castro Junior, teve seu passaporte apreendido para evitar sua saída do país durante o processo. A ação foi justificada pela 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que apontou o risco de Castro Junior fugir do país com o auxílio dos estrangeiros envolvidos no caso.
Os dois coaches estrangeiros, identificados como Ziqiang Ke (Mike PickupAlpha) e Mark Thomas Firestone (David Bond), coordenavam o grupo Millionaire Social Circle, que oferecia cursos para homens aprenderem supostas técnicas de conquista feminina. Este grupo costumava promover turismo para pegação, direcionado a países em desenvolvimento.
Durante o curso em São Paulo, mulheres presentes na festa realizada pelos coaches afirmaram à polícia que não sabiam da existência do curso e foram filmadas e fotografadas sem seu consentimento. A locação para o evento foi intermediada pelo brasileiro envolvido no caso.
Em resposta às acusações, a defesa de Fabrício Castro Junior afirmou que a apreensão de seu passaporte foi uma medida desproporcional. Já os estrangeiros responsáveis pelo Millionaire Social Circle negaram que a festa em questão estivesse relacionada ao curso, alegando que estavam em São Paulo para conduzir uma conferência de namoro.
Após a polêmica nas redes sociais, os coaches estrangeiros gravaram uma live em que alegaram ser vítimas da cultura do cancelamento no Brasil, sendo falsamente acusados de turismo sexual e tráfico humano. Eles também fizeram comentários controversos sobre as mulheres envolvidas no caso, levantando ainda mais polêmica em torno do assunto.