Seca histórica nos rios ameaça pescadora e comunidade ribeirinha: sem chuva, sem peixe e sem saída.

A pescadora Izabel Serrão, com 38 anos de experiência vivendo às margens dos rios da região metropolitana de Manaus, está enfrentando um desafio sem precedentes devido à seca e à estiagem que atingem a região neste ano. Com dois barcos encalhados e a ausência de água próxima de sua casa, Izabel se vê impossibilitada de exercer sua principal atividade: a pesca.

Os dados da Defesa Civil do Amazonas apontam que o rio Negro na região de Manaus está atingindo níveis recordes de baixa, com uma redução diária média de 20 cm nas últimas semanas. A situação é tão crítica que o rio está a menos de dois metros de alcançar seu nível mais baixo já registrado. Especialistas alertam que, se o ritmo de redução continuar, o recorde histórico de baixa poderá ser atingido ainda em 2024.

A seca na região amazônica tem afetado não apenas Izabel, mas também outras comunidades ribeirinhas, que dependem da pesca como principal fonte de sustento. A população local relata que a seca deste ano está sendo mais intensa e frequente do que o habitual, trazendo preocupações sobre o futuro da região.

Além da seca, o Amazonas também enfrenta um aumento significativo no número de queimadas, com um aumento de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. A poluição resultante dos incêndios florestais tem comprometido a qualidade do ar na região, afetando a saúde e o bem-estar da população local.

Diante dessa situação desafiadora, o governo federal anunciou a possibilidade de criar um auxílio emergencial para os pescadores atingidos pela seca na região Norte do Brasil. No entanto, ainda não foram divulgados detalhes sobre a implementação dessa medida.

Apesar das adversidades enfrentadas, Izabel e outros pescadores do Cacau Pirêra estão determinados a permanecer em suas comunidades e continuar com suas atividades de pesca. Para eles, o rio é mais do que uma fonte de sustento, é parte essencial de suas vidas e de suas tradições.

Diante de um cenário desafiador, os moradores ribeirinhos do Amazonas contam com a solidariedade e o apoio das autoridades locais para enfrentar os impactos da seca e das queimadas na região.

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