No entanto, o que chama a atenção é a ausência de uma versão masculina desse fenômeno. Onde estão os tradhusbands, os maridos tradicionais que correspondem à imagem estereotipada do homem provedor e protetor? Enquanto as tradwives celebram sua submissão, os homens parecem estar presos a um modelo analógico e ultrapassado, limitados a papéis de procriadores, protetores e provedores.
Apesar de alguns retornos pontuais desse modelo de masculinidade, especialmente em comunidades conservadoras, a tendência das próximas décadas aponta para uma mudança nesse paradigma. Mulheres estão cada vez mais se empoderando e assumindo controle sobre suas vidas, o que coloca em xeque a relevância do tradhusband no mundo moderno.
A exaltação dos estereótipos de gênero, seja de tradwives ou tradhusbands, esconde uma realidade sombria de desigualdade e opressão. Os casos de feminicídio, que muitas vezes envolvem mulheres que desafiam a autoridade de homens tradicionais, são um triste reflexo dessa dinâmica de poder desequilibrada.
É fundamental repensar e descontinuar o modelo do marido tradicional, que muitas vezes vem acompanhado de comportamentos tóxicos como controle, opressão e violência. A sociedade precisa evoluir para relações mais igualitárias, baseadas no respeito mútuo e na divisão equitativa de responsabilidades, em vez de perpetuar estereótipos ultrapassados que reforçam a desigualdade de gênero.