Em uma gravação de áudio divulgada pela assessoria de imprensa da Fazenda, Haddad destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou ações a todos os ministérios envolvidos no tema das apostas. Entre os pontos abordados pelo ministro estão a lavagem de dinheiro, a dependência dos jogos, o tratamento dos meios de pagamentos para evitar endividamento e a exclusão de empresas não autorizadas a operar no Brasil.
Haddad também mencionou a importância de acompanhar as famílias de baixa renda nesse contexto. Recentemente, o Banco Central divulgou dados alarmantes sobre o uso das bets no país, revelando que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família enviaram um total de R$ 3 bilhões para plataformas de apostas via Pix. A média de valor transferido por beneficiário foi de R$ 100, sendo que 70% dos apostadores são chefes de família.
O ministro criticou a gestão do governo Bolsonaro em relação ao tema, apontando que o governo anterior legalizou as bets, mas não conseguiu regulamentar a prática dentro do prazo estabelecido. Haddad lamentou o fato da Medida Provisória enviada ao Congresso Nacional não ter sido votada a tempo, resultando em um atraso na regulamentação.
Apesar dos esforços do governo Lula em tentar ordenar o setor, a regulamentação das apostas eletrônicas ficou estagnada durante os quatro anos de governo Bolsonaro e mais um ano e meio de atraso. Agora, Haddad destaca a importância de colocar ordem nesse assunto e garantir a regulamentação necessária para proteger a população brasileira.