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MDS cria Grupo de Trabalho para analisar uso do cartão Bolsa Família em apostas online, em ação integrada com outros ministérios

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) anunciou, nesta sexta-feira (27), a criação de um Grupo de Trabalho com o objetivo de analisar o uso de recursos do cartão Bolsa Família em apostas online (bets). O grupo atuará em parceria com a Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e Cadastro Único e tem a meta de apresentar uma proposta de restrição ao desvirtuamento do propósito do programa até o dia 2 de outubro. Além disso, Ministério da Fazenda, Ministério da Saúde e Casa Civil também participarão da ação de forma integrada.

A prioridade do MDS sempre foi garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias em situação de vulnerabilidade, como reiterado em nota divulgada. O foco do ministério é manter o Bolsa Família como um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar. Em contrapartida, o Banco Central divulgou uma nota técnica que aponta que os beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em apostas online via Pix somente no mês de agosto.

De acordo com os dados levantados pelo BC, aproximadamente 5 milhões de beneficiários, sendo 70% chefes de família, realizaram apostas, com um gasto médio de R$ 100. O senador Omar Aziz pretende solicitar à Procuradoria-Geral da República ações judiciais para retirar do ar as páginas das empresas de apostas na internet até que sejam regulamentadas pelo governo federal. O relatório do Banco Central inclui tanto as apostas em eventos esportivos como os jogos em cassinos virtuais.

Diante desse cenário, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, reforçou a importância dos programas sociais de transferência de renda para garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias em situação de vulnerabilidade. O ministério continuará trabalhando para que o Bolsa Família permaneça como uma ferramenta essencial no combate à pobreza e à insegurança alimentar.

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