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Delegado investigado no caso Marielle Franco nega obstrução e afirma que Rio de Janeiro não é bagunça

O delegado Giniton Lages, envolvido em investigações relacionadas à morte da vereadora Marielle Franco, prestou depoimento em audiência virtual ao STF, onde negou ter atrapalhado o esclarecimento do caso e criticou a delação do ex-PM Ronnie Lessa e os depoimentos do miliciano Orlando Curicica. Ele afirmou que seu trabalho foi monitorado pelo Ministério Público e defendeu a atuação das instituições no Rio de Janeiro, ressaltando que “o Rio não é bagunça”.

Durante o depoimento, Giniton também se posicionou como testemunha de defesa do delegado Rivaldo Barbosa, acusado de envolvimento no planejamento do crime a pedido de supostos mandantes. Ele também é alvo de investigações por possíveis desvios na resolução do homicídio de Marielle.

O delegado criticou a Polícia Federal por apontar a falta de resolução de crimes ligados à contravenção como indício de corrupção na DH, destacando a sobrecarga de inquéritos na delegacia e as dificuldades em obter provas contra assassinos profissionais.

Em relação à investigação da PF, Giniton questionou a importância dada aos depoimentos de criminosos, argumentando que não se pode permitir que tais pessoas influenciem o trabalho policial. Ele também ressaltou a violência no país e a carga de trabalho dos delegados de homicídios.

Por fim, o delegado destacou a importância de se levar em consideração a realidade da polícia e do sistema de Justiça brasileiro, afirmando que o caso envolvendo Ronnie Lessa é complexo e requer investigações rigorosas. A defesa de Giniton Lages visa esclarecer sua atuação nas investigações e reforçar a integridade das instituições responsáveis pela resolução do caso Marielle Franco.

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