Segundo Santos, a baixa da água devido à estiagem tem facilitado a visualização e captura rápida dos animais por parte dos criminosos. Recentemente, uma apreensão de carne de peixe-boi-da-amazônia e pirarucu, sem comprovação de manejo autorizado, reforçou a gravidade da situação. A apreensão foi realizada na Feira Municipal de Tefé, no Amazonas, e já resultou em autuações no valor de R$12 mil.
O diretor do Ibama ressaltou que a intensificação da ação predatória representa uma ameaça real de extinção desses animais no médio e longo prazo, o que poderia causar um desequilíbrio significativo no ecossistema aquático. As denúncias partem de organizações não governamentais e da unidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que atua na região.
Para combater esses crimes ambientais, Santos destacou a importância do monitoramento dos rios, da qualidade da água, temperatura e vazão, além da fiscalização das atividades que possam prejudicar a fauna aquática. As ações de fiscalização têm revelado o uso de redes de pesca malhadeira, arpões, martelos e até armas de fogo na caça ilegal.
Com a perspectiva de retorno das chuvas até o fim de outubro, Santos espera que os rios da região amazônica recuperem seu volume de água e voltem aos níveis normais. Enquanto isso, o Ibama seguirá intensificando as ações de fiscalização nos pontos estratégicos onde a caça ilegal é mais frequente, visando proteger a vida dos animais e o equilíbrio do ecossistema aquático da região.