Apesar de projetadas para serem algumas das usinas mais potentes do país, as três mega usinas estão operando bem abaixo de sua capacidade máxima devido à seca histórica que assola a região amazônica. Esse cenário evidencia a crescente dificuldade em atingir as metas de energia renovável do país, diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
A construção dessas usinas enfrentou forte oposição de ativistas ambientais, que alertaram para possíveis impactos socioambientais significativos e uma produção de energia aquém do esperado. A situação atual das usinas é um reflexo direto das condições climáticas extremas que têm afetado a região.
Santo Antônio, por exemplo, precisou desativar 43 de suas 50 turbinas devido aos baixos níveis do rio, chegando a suspender suas operações temporariamente. Jirau e Belo Monte também estão operando com uma fração mínima de suas capacidades, o que tem levado as empresas responsáveis a comprar eletricidade de outros produtores para cumprir seus contratos.
Especialistas alertam que, com a frequência crescente de secas severas previstas para o futuro, as usinas da Amazônia correm o risco de falir caso os níveis de água nos rios não se recuperem. Além disso, o uso de combustíveis fósseis tem se tornado uma alternativa cada vez mais necessária para suprir a demanda energética do país, à medida que as usinas hidrelétricas enfrentam dificuldades de produção.
Diante desse cenário, o Brasil enfrenta um desafio complexo em sua matriz energética, com a necessidade de encontrar soluções sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas. A apostaa em novos projetos de geração de energia, como a construção de usinas a gás e barragens em parceria com outros países, é uma estratégia adotada pelo governo para garantir o suprimento energético do país no futuro.