Seca histórica na Amazônia desafia capacidade das mega usinas hidrelétricas: Santo Antônio, Jirau e Belo Monte lutam para manter operação

As mega usinas hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, localizadas na Amazônia, foram os principais projetos dos primeiros dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), representando uma aposta significativa na geração de energia renovável no Brasil. Conhecidas como usinas “a fio d’água”, esses empreendimentos operam com turbinas movidas pelo fluxo natural do rio, em contraste com reservatórios de água em alturas elevadas.

Apesar de projetadas para serem algumas das usinas mais potentes do país, as três mega usinas estão operando bem abaixo de sua capacidade máxima devido à seca histórica que assola a região amazônica. Esse cenário evidencia a crescente dificuldade em atingir as metas de energia renovável do país, diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

A construção dessas usinas enfrentou forte oposição de ativistas ambientais, que alertaram para possíveis impactos socioambientais significativos e uma produção de energia aquém do esperado. A situação atual das usinas é um reflexo direto das condições climáticas extremas que têm afetado a região.

Santo Antônio, por exemplo, precisou desativar 43 de suas 50 turbinas devido aos baixos níveis do rio, chegando a suspender suas operações temporariamente. Jirau e Belo Monte também estão operando com uma fração mínima de suas capacidades, o que tem levado as empresas responsáveis a comprar eletricidade de outros produtores para cumprir seus contratos.

Especialistas alertam que, com a frequência crescente de secas severas previstas para o futuro, as usinas da Amazônia correm o risco de falir caso os níveis de água nos rios não se recuperem. Além disso, o uso de combustíveis fósseis tem se tornado uma alternativa cada vez mais necessária para suprir a demanda energética do país, à medida que as usinas hidrelétricas enfrentam dificuldades de produção.

Diante desse cenário, o Brasil enfrenta um desafio complexo em sua matriz energética, com a necessidade de encontrar soluções sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas. A apostaa em novos projetos de geração de energia, como a construção de usinas a gás e barragens em parceria com outros países, é uma estratégia adotada pelo governo para garantir o suprimento energético do país no futuro.

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