Repórter São Paulo – SP – Brasil

Policial militar de Guarulhos com histórico de mortes em ocorrências é investigado por execução de suspeito com dois tiros.

O policial militar Rafael Castanho Freitas, de 34 anos, se viu envolvido em uma situação controversa após executar um suspeito com dois tiros na cabeça durante uma abordagem em Guarulhos, na Grande São Paulo. No entanto, essa não foi a primeira vez que o PM esteve em ocorrências que terminaram com morte.

De acordo com informações levantadas pela CNN em fontes jurídicas abertas, Rafael Castanho esteve envolvido em pelo menos duas outras situações semelhantes, ambas em Guarulhos. Em setembro de 2021, o policial e outros agentes foram acionados para atender a uma solicitação de roubo a uma residência no bairro Parque Jurema. Os suspeitos fugiram ao perceber a presença da polícia, mas um deles, Guilherme Augusto de Sousa, acabou sendo baleado e morreu após disparar contra os agentes.

Já em agosto deste ano, durante um patrulhamento no bairro de Pimentas, suspeitos em um carro roubado abandonaram o veículo e fugiram. Após uma perseguição, os policiais capturaram William Francisco de Oliveira, que entrou em luta corporal com o policial Castanho. Oliveira teria tentado sacar uma arma, mas as munições falharam e o policial acabou disparando dois tiros que resultaram na morte do suspeito.

A atuação do policial levantou questionamentos sobre os procedimentos adotados em situações de confronto. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) foi contatada pela reportagem para prestar esclarecimentos, mas ainda não se manifestou sobre o caso.

O uso da força letal por parte das forças de segurança é um tema sensível e que levanta discussões sobre a conduta dos agentes em situações de risco. A divulgação de imagens de câmeras corporais mostrando o momento em que Rafael Castanho atira na direção dos suspeitos após resistência à abordagem apenas alimenta o debate sobre a atuação policial e a necessidade de rever protocolos de enfrentamento a situações de confronto.

A Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo já se pronunciou sobre o caso, apontando possíveis erros procedimentais e ressaltando a importância de uma investigação mais aprofundada sobre as circunstâncias que levaram às mortes dos suspeitos. A SSP informou que um inquérito foi aberto para apurar os fatos e esclarecer a conduta do policial nas ocorrências em questão.

O caso envolvendo o policial Rafael Castanho Freitas continua sendo acompanhado de perto pelas autoridades e pela sociedade, que clamam por respostas e medidas que visem aprimorar a segurança e a atuação das forças policiais no combate à criminalidade.

Sair da versão mobile