O dirigente, que assumiu a presidência em 2017 após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman em meio a investigações de corrupção, enfrentará nas eleições Marco La Porta, seu ex-vice-presidente, e a medalhista olímpica Yane Marques. A candidatura de Paulo Wanderley vem sendo contestada por grupos de atletas, que alegam que o presidente infringe a Lei do Esporte, a Lei Pelé e o Estatuto do COB ao tentar um terceiro mandato na presidência.
Sobre essa polêmica, Paulo Wanderley argumentou que seu primeiro mandato foi um mandato-tampão, necessário devido à vacância do cargo de presidente, o que o torna elegível para uma reeleição. No entanto, a questão segue gerando controvérsias e o presidente cogitou acionar a Justiça caso sua candidatura seja impugnada.
Além disso, a possível interferência do Ministério do Esporte no processo eleitoral também é motivo de preocupação para Paulo Wanderley. A chapa do atual presidente ainda aguarda uma posição definitiva do Ministério, que poderia vetar recursos federais ao COB caso considere a candidatura irregular.
Apesar das críticas e dos questionamentos em relação à sua gestão, Paulo Wanderley mostrou confiança e bom humor na entrevista, destacando os avanços conquistados durante o último ciclo olímpico. O presidente ressaltou os resultados positivos obtidos nos Jogos de Tóquio e Paris, o aumento no número de patrocinadores e a criação de programas de desenvolvimento esportivo no COB.
Ao abordar os possíveis equívocos de sua gestão, Paulo Wanderley preferiu focar nos acertos, destacando a ética, transparência e sustentabilidade implantadas no Comitê. Para ele, a assinatura de contratos de patrocínio, como o recente acordo com a Caixa, será fundamental para fortalecer o esporte de alto rendimento no Brasil.
Diante de um cenário eleitoral conturbado e repleto de desafios, Paulo Wanderley Teixeira segue determinado a buscar a reeleição e a superar as divergências para manter o COB no caminho do sucesso e da excelência esportiva.