A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ), com o suporte da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). Segundo as investigações do Gaeco, os policiais estavam agindo como informantes de um grupo criminoso na Comunidade Bateau Mouche, localizada no bairro da Praça Seca, na Zona Oeste da capital fluminense.
As acusações contra os policiais incluem associação criminosa voltada para práticas de milícia, extorsão, comércio ilegal de armas de fogo e corrupção passiva. A operação realizada nesta quinta-feira é a segunda fase da Operação Naufrágio, que conta com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil.
Relatórios da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil indicaram que os policiais forneciam informações privilegiadas à milícia, inclusive sobre locais para incursões na comunidade. Além disso, os agentes foram acusados de negociar a venda de armas e munições, bem como atuarem como motoristas dos milicianos em deslocamentos entre diversas comunidades do Rio de Janeiro.
A Justiça Militar determinou a suspensão integral do exercício da função pública dos policiais denunciados, assim como a suspensão do porte de armas de fogo. Os mandados foram cumpridos nos endereços dos agentes e nos batalhões onde estão lotados atualmente. Dentre os batalhões envolvidos estão o Departamento Geral do Pessoal, o Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão, o 41° BPM, o 40º BPM, o 9º BPM, o 5º BPM, o 18º BPM, o 15º BPM, o 20º BPM, o BPCHOQUE e a Diretoria de Licitações e Projetos.
Essa operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro evidencia o compromisso das autoridades em combater a corrupção e a atuação ilegal de agentes de segurança, fortalecendo o combate ao crime organizado no estado carioca.