Algumas promessas soam mais como ações isoladas em benefício próprio do que medidas concretas para beneficiar toda a comunidade. Candidatos que propagam a busca por soluções apenas para si próprios ou para grupos específicos também não são raros. A falta de um discurso voltado para a coletividade acaba perpetuando velhos pensamentos e não contribui para uma real inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
A apropriação de candidaturas individuais ou coletivas de pessoas com deficiência por parte de políticos também é uma realidade presente nessas eleições. Muitos postulantes parecem aproveitar a diversidade como um artifício para conquistar eleitores, sem aprofundar as políticas públicas necessárias para garantir o acesso ao trabalho, à cidadania e aos meios sociais para esse público.
É fundamental que as candidaturas reflitam a diversidade existente na sociedade, mas também é importante ressaltar que as condições não determinam o caráter, a capacidade ou o preparo político de um candidato. Para que a participação das pessoas com deficiência seja efetiva, é necessário que elas estejam no centro das discussões políticas, na elaboração dos planos de governo e na composição dos órgãos de governo.
Em meio a tantas promessas e propostas vazias, é essencial que as questões relacionadas às pessoas com deficiência sejam tratadas com seriedade e comprometimento, visando de fato a inclusão e a melhoria da qualidade de vida desse público tão vulnerável. A verdadeira mudança só será alcançada quando as políticas públicas refletirem uma preocupação genuína com a diversidade e a inclusão.