Lula destacou a falta de união dos países mesmo diante da tragédia da pandemia de covid-19, ressaltando a necessidade de um Tratado sobre Pandemias na Organização Mundial da Saúde. O presidente enfatizou a importância de dotar a ONU dos recursos necessários para enfrentar as mudanças rápidas no cenário internacional.
O líder brasileiro apontou a necessidade de uma reforma estrutural na governança global, destacando a Assembleia Geral como a expressão máxima do multilateralismo. Lula ressaltou a importância de uma revisão abrangente da Carta das Nações Unidas, que nunca passou por uma reforma desde sua fundação, agora com 193 países membros.
A crise de governança global, na visão de Lula, demanda transformações profundas, incluindo a reforma dos órgãos da ONU. O Brasil propõe mudanças no Conselho Econômico e Social, na Assembleia Geral, na Comissão de Consolidação da Paz e no Conselho de Segurança, com foco na representatividade e eficácia das decisões tomadas.
O presidente também pontuou a urgência de reformar o Conselho de Segurança da ONU, com uma representação mais adequada de países emergentes. Atualmente, o conselho é composto por apenas cinco membros permanentes, o que, na visão de Lula, reflete práticas de dominação do passado colonial.
O discurso de Lula na ONU reflete os temas prioritários do Brasil no G20, como o combate às desigualdades, às mudanças climáticas e a reforma das instituições globais. O presidente também participou de reuniões bilaterais e coordenou eventos em defesa da democracia e contra extremismos.
Em suas palavras, Lula ressaltou a importância de uma ampla revisão da governança global, com o objetivo de garantir que as Nações Unidas cumpram seu papel de forma eficiente e representativa em um mundo em constante transformação.