Faleceu Gilda Figueiredo Portugal Gouvea, importante cientista social e colaboradora do PSDB, deixando legado na política e na sociologia brasileira.

A morte da renomada cientista social Gilda Figueiredo Portugal Gouvea no último fim de semana representa uma perda significativa para a formação política e sociológica do país, especialmente após a redemocratização. Gilda foi uma figura importante na criação do partido PSDB nos anos 1980 e mantinha uma forte proximidade com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, desde a campanha ao Senado em 1978.

A carreira de Gilda teve início quando se mudou para São Paulo devido à carreira do pai, que era conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Educada em colégios católicos, a socióloga iniciou sua trajetória de ativismo político na PUC-SP durante o período do golpe militar em 1964. Foi no movimento de esquerda cristã Ação Popular que Gilda conheceu seu futuro marido, o economista Roberto Perosa, com quem se mudou para Nova York e posteriormente para o Chile.

Ao retornar para o Brasil, Gilda se filiou ao MDB e passou a lecionar na Unicamp, onde construiu uma longeva carreira no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Além disso, ela também exerceu cargos públicos, sendo secretária da Educação de Franco Montoro no governo de São Paulo e ocupando postos de assessoria no Ministério da Educação durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso.

Gilda Figueiredo Portugal Gouvea faleceu aos 80 anos, deixando uma filha, Regina, que adotou sete anos após se separar do marido, e duas netas. Sua trajetória profissional e política deixam um legado de excelência e comprometimento com as questões sociais e educacionais do país. A morte da socióloga deixa uma lacuna no cenário político brasileiro, sendo uma perda irreparável para aqueles que compartilharam sua jornada e aprenderam com seu conhecimento.

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