O secretário-geral da Opep estava prestes a lançar, pela primeira vez fora da sede em Viena, o documento anual de projeções sobre o consumo de energia. No entanto, a apresentação foi abruptamente interrompida com um corte no fornecimento de energia, o que gerou alguns comentários jocosos por parte de Al Ghais sobre a situação.
Durante a confusão, Al Ghais aproveitou para ironizar a falta de energia no Brasil, afirmando que isso indicava a necessidade de mais petróleo no futuro. O documento divulgado no evento indicava que a demanda global de petróleo continuará crescendo até 2050, contradizendo as expectativas de declínio.
O protesto não foi o único ocorrido durante o evento, uma vez que outras organizações ambientalistas também se manifestaram no dia anterior questionando os altos salários dos executivos das principais empresas petrolíferas do mundo. Esse tipo de manifestação demonstra a crescente pressão da sociedade civil por mudanças no setor energético e pela redução do uso de combustíveis fósseis.
Além disso, o governo brasileiro, representado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também foi alvo de críticas durante o evento. Enquanto Lula se apresentava como líder na transição energética, o governo continuava incentivando a abertura de novas áreas para exploração de petróleo no país, gerando contradições e questionamentos por parte dos manifestantes.
Diante desse cenário de pressão por mudanças e críticas às políticas energéticas, o papel das grandes empresas de petróleo e dos governos se torna cada vez mais controverso, apontando para a necessidade urgente de transições mais sustentáveis e responsáveis no setor de energia.