Presidente Lula sanciona Lei das VPNI para servidores do Senado, publicada no Diário Oficial com vetos nesta segunda-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.982, de 2024, que trata das vantagens pessoais nominalmente identificáveis (VPNI) de servidores do Senado. A nova norma, que alcança apenas parte desses funcionários, busca dar amparo legal às VPNI, que foram criadas para evitar alterações na estrutura de remuneração das carreiras da Casa em casos como a extinção de gratificação ou de benefício. A lei foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (23).

As VPNIs são parcelas pecuniárias concedidas a servidores. Elas preservam certas rubricas adquiridas em determinadas circunstâncias, mas que posteriormente deixaram de existir. Assim, a parcela posteriormente extinta por lei fica preservada como VPNI.

O projeto teve origem no PL 1.144/2024, aprovado no Senado no mês de maio, com relatoria do senador Weverton (PDT-MA).

No entanto, a sanção presidencial veio acompanhada de vetos. Um dos itens vetados previa a manutenção da vantagem pessoal como coisa julgada, considerada inconstitucional pelo Executivo. Outra medida vetada foi a previsão da manutenção dos efeitos de atos administrativos praticados em função da Lei 12.300, de 2010, que trata do plano de carreira dos servidores do Senado. Além disso, foi retirado o trecho que previa o reconhecimento da validação de atos administrativos até então praticados em relação às VPNI.

Segundo a Comissão Diretora do Senado, que apresentou o projeto, as constantes alterações nas orientações gerais da administração pública e de órgãos de controle ferem os princípios da irredutibilidade remuneratória e da economicidade e eficiência administrativa. O projeto buscava, portanto, dar amparo legal às VPNI.

Essa nova lei visa a proteção e manutenção dos direitos dos servidores do Senado, garantindo a estabilidade de suas remunerações e evitando prejuízos decorrentes de mudanças na estrutura remuneratória da Casa. Com a sanção presidencial, espera-se que os funcionários contemplados pela lei possam ter mais segurança em relação aos seus direitos adquiridos.

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